sábado, 15 de agosto de 2009

"Justas" nas ondas de Stª Rita


Eu sei que este é um blogue sobre rios, mas à falta de líquido e assuntos fluviais, tenho de fazer uma breve incursão no mar, porque afinal é aí que o rio desagua ...e onde a malta se diverte no verão...

Este post é totalmente dedicado ao Justas que conseguiu ir ao pódio do campeonato nacional de wave ski montado no seu wave....protótipo. É verdade, Jorge Justino da equipa dos velhadas deste blogue, lá conseguiu colocar todas as suas avantajadas e usadas carnes em cima do remendado barco e sair vivo dali ainda por cima com glória.

Combinámos numa 6ª feira umas onditas às 7 da matina para depois assistirmos ao mundial de Kayak Surf que decorria na praia de stª Rita. Estávamos no mar à hora marcada, e ao fim de 45 minutos já eu estava todo roto. Não fazia ondas há muito, muito tempo, e aquele mar estava para se levar com boas e sequenciais bolachadas de ondas na fronha, na passagem da rebentação, só para se merecer uns quantos dropes . O Jorge, por solidariedade, saiu comigo da água, com um olhar de..."ainda há gajos mais rotos do que eu..." e, depois do cafezinho e da bola de berlim da ordem, assistimos ao evento dos "prós" mundiais durante toda a manhã. Na despedida, o Jorge dizia-me que não iria participar no campeonato nacional a realizar no dia seguinte. Eu sabia que o gajo não resistia... E assim foi.
Por motivos de força maior, não pude assistir ao vivo à brilhante prestação do meu amigo, mas decidi pesquisar na net e encontrei este material produzido pela malta dos Wavesurvivors (fotos e video)...





Parece nesta 2ª participação já não surpreendeu os adversários com o seu material high-tech, porque já o tinha feito na prova anterior em ribeira d'ilhas, onde conseguiu chegar às meias finais. Parece que toda a malta se distraiu a tentar classificar a embarcação entre a traineira, a baleeira e um submergível e o Jorge lá foi deslizando de (r)onda em (r)onda. No final toda a rapaziada, queria saber onde descobriu ele aquela máquina voadora com uma pintura moderna a imitar remendos de fibra de vidro. Como todos navegamos em cima de barcos fossilizados similares, já registámos a patente para futura comercialização,...como objectos de património histórico.

Desta vez, no Ocean Espirit, o Jorge lá voltou à carga e arrebatou um brilhante 3º lugar, tendo-me confessado à posteriori que aquela prestação implicou muita trolitada no toutiço e muito pirulito engolido. De facto o mar não estava fácil, com rebentação manhosa, mas Justas esteve ao seu melhor nível...e encheu os cotas de orgulho.


Será que isto aguenta muito mais tempo?...

Baleeiro com patente registada


Na "bomba" ninguém bate a sua volumetria...




Fotos e o video retirados do site da wavesurvivers

domingo, 3 de maio de 2009

O Regresso do Eremita


Era uma vez um reino bué, bué longe, onde havia um rio bué, bué inóspito, onde a água era bué, bué escassa, o acesso era bué, bué íngreme,…então quando é que aparece o Shrek, pá?,…..o desapontamento foi bué, bué grande. Depois fomos para outro reino bué, bué longe, para outro rio bué, bué giro,…nunca mais aparece o raça do Ogre e a princesa Fiona?....onde remámos bué, bué e mais bué, caminhámos sobre carris bué, bué de tempo, acartámos caiaques bué, bué pesados, chegámos ao carro bué, bué tarde, dissemos bué, bué asneiras…Mas o Ogre aparece ou não??? Qual Ogre qual carapuça! A história de hoje vai trocar um papão que come criancinhas ao pequeno almoço e dá bufas malcheirosas por 4 patos que foram papados por dois magníficos barretes e dão bufas malcheirosas(?).

Águeda Internacional - expectativas furadas
Tua – um pesadelo em forma de rio
Paiva - Um cheirinho de rio com sol de verão


A equipa outra vez junta

O regresso aconteceu! Ao fim de 10 anos de secura de rio, eis que Jorge Reis, companheiro de míticas aventuras, utilizador compulsivo de fio dental, coleccionador de sacos de plástico do continente, devorador de cebolas cruas, voltou às lides. Mandei-lhe um toque, convencido que iria levar mais uma nega, quando a resposta inesperada surgiu entre dentes “é uma hipótese”. Estava aberta a brecha para oportunidade do homem voltar ao rio. Acenei-lhe com uma aventura à moda antiga, um rio desconhecido e pouco acessível, regime de autonomia e latas de atum. A reviravolta deu-se e embarcámos novamente os quatro em direcção ao Águeda internacional. Mapas na mão, estudo dos poucos acessos e esperança de um caudal aceitável, lá fomos na noite da véspera, para iniciarmos a descida cedinho.


Quando ainda havia esperança...


...a esperança foi-se com a falta de líquido...



Desta vez não tínhamos nenhum apoio por terra; parece que a última experiência do João foi de tal maneira traumatizante que fugiu para a Serra Leoa e nunca mais foi visto. Acampámos num qualquer canto algures perto do rio e desta vez fiquei a chonar no carro, longe da tenda do Jorge Justino. Achei que tinha chegado a altura de não proferir mais nenhum comentário sobre uns ruídos proferidos durante a noite, para não bater mais no ceguinho, logo não vou contar a parte do ressonar que conseguia transpor os vidros herméticos do meu veículo e ecoava no interior dos meus tímpanos flagelados.

Tenda Durex

Acordámos cedinho e já o Jorge Reis tinha posto a sua banca multivitamínica sobre o caiaque composta por tomates crus, ovos cozidos, cereais, fruta, tâmaras tunisinas e bolinhos feitos pelo filho. Misturou aquilo e conseguiu ingerir tudo, qual Ogre, na hora do massacre. O envolvimento era fabuloso, como fabulosa era a nova tenda do Justas em forma de preservativo. Descemos até ao rio sem caiaques para nos depararmos com o que já tínhamos percebido de longe…muito poucachinha água. Ao inspeccionar um rápido sifonado, a máquina saltou-me do bolso e foi mergulhar no leito com o intuito claro de se suicidar no meio dos calhaus; já não conseguia suportar mais ser maltratada pelo dono. Posteriormente, depois de uma reanimação ao sol, percebeu-se ser anfíbia.



A mixórdia matinal


Para onde a minha máquina queria nadar...


tomatinho entre ovinhos


Caminhámos cabisbaixos percorrendo a íngreeeeeeme subida e, chegados ao carro, decidimos que iríamos descer um rio mais à mão que nenhum de nós tinha feito; o rio Tua. Entrámos na ponte de Brunheda e começámos a remar o “inferno branco” como alguém lhe chamou. O inferno existia de facto, e, curiosamente, também existiam muitos poléns brancos a esvoaçar junto às narinas. Remámos que nem uns Ogres, ou antes, que nem uns camelos, para irmos encontrando espaçados, alguns rápidos engraçados. Lembrámo-nos por momentos das intermináveis aquecidelas do Guadiana. A paisagem era realmente muito bonita e as enormes escarpas laterais vaticinavam a sina “se quiseres sair daqui vais ter de caminhar muito”.



No inicio só flores...



depois foi remar...



remar...



P´ra cortar a monotonia







Apeadeiro para lembrar...ou esquecer...

E assim foi. Cansados da euforia do rio, e com a hora a ficar para o tarde, decidimos sair no apeadeiro abandonado da linha do Tua chamado Castanheiro. Escondemos os barcos e seguimos a pé por cima da linha do comboio para irmos buscar o carro. A caminhada fez-se de passo condicionado pela largura dos carris, mas mesmo com esse empeno, a paisagem era fabulosa: belos seixos entre barrotes de madeira, apertados entre dois carris, davam um cunho romântico ao esforço, isto porque se retirássemos os olhos dos ditos barrotes os pezinhos ir-se-iam queixar muito. Apesar da Locomotiva Castro ter imposto um ritmo alucinante aos seus vagões, demorámos duas horas a chegar ao carro, com a certeza de que poucos conheceriam melhor a linha do Tua do que nós. Entre as discussões finais, vinha a questão se o barrote 2543 seria mais bonito do que o barrote 4187, havendo sempre alguém a dizer que o parafuso ferrugento é que dava beleza ao barrote 11430. Mas se a caminhada assumiu contornos de profunda autoflagelação, o que viria a seguir daria cabo do resto.



128 barrotes...
673 barrotes...

1850 barrotes às escuras...


Muitos barrotes depois...


Ajudados por um senhor local encontrámos o difícil acesso em terra batida ao apeadeiro do Castanheiro. “Mas o vosso carro não vai lá abaixo!” garantiu o senhor. Fomos descendo de carro até onde a sua tracção aguentou, mas chegou um ponto onde não dava mais. E esse ponto era bué, bué longe do rio. Demorámos muito tempo a descer com as articulações a ranger e, já de noite, começámos a acartar os Ogre de plástico com toda a roupa molhada dentro, por ali acima. Desculpem, mas esta parte eu quero esquecer, como tal ficará aqui apenas este hiato,..........................................................................................................................................................
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....................................................E, pronto. Chegámos à carripana às onze da noite, com a certeza que pior do que aquilo só ser papado por um Ogre verde esfomeado. O inferno branco afinal tinha-se revelado como um lamentável inferno negro.



Sem forças para libertar uma bufa... talvez o "peido mestre"


Estávamos nas últimas, as nossas células pedinchavam um naco de carne e muita gordura, mas a grande questão seria a de saber onde se poderia trincar chicha àquela hora. Encontrámos um sítio em Alijó que faz francesinhas até às duas da matina e aspirámos aquela pasta hipercalórica em menos de meio fósforo. Ainda ouve alguém que chegou a dizer que o molho tinha um sabor a puxar para o azedo, mas ninguém se importou.



Acampámos algures e acordámos todos partidos sem grande ânimo para mais barretes. Olhámos no mapa e, desconfiados que a água não abundaria nos rios do Minho e arredores, decidimos rumar a casa e a caminho dar uma mergulhaça rápida no Paiva. Agora seria aquela parte em que se faria referência aos sacos de plástico espalhados pelo carro fruto da sensibilidade que Jorge R tem para a arrumação mas, no sentido de preservar a sua presença na equipa em futuras descidas, vou apenas dizer que o tipo até é muito arrumadinho e aquela casca de ovo que ficou colada nos meus calções não veio do interior de uma das suas 4 caixas de plástico perdidas no veículo . Ia pensando se não tinha enganado o Jorge quando lhe afiancei que a aventura era “à moda antiga”. De facto, antigamente também metíamos grandes barretes e levávamos grandes aquecidelas, mas não havia net, nem guias de rios, nem boletins meteorológicos precisos.
Chegámos ao Paiva já tarde, e ao passar por cima da ponte de Alvarenga, vimos bué, bué malta a entrar no desfiladeiro. Estava a decorrer o festival do Paiva, com forte adesão. Optámos por fazer a micro-etapa do Vau-Espiunca para regressarmos cedo a casa. O tempo esplendoroso, calor de verão, fez com que entrássemos no rio de fato de banho, sempre com o olhar atento do Pedro e do Jorge em busca da minha barriga proeminente, para me confrontar com as ténues adiposidades similares às deles. Claro está que, apesar do esforço, os consolidados abdominais, não deixaram margem para gozo com a barriga alheia. Apenas tive de suster a respiração sempre que o olhar apontava na direcção.
O regresso do eremita



Barriga, eu???...Pronto ó Tarzan taborda, já podes parar de suster a respiração!!!




Kayakus Erectus






Quanto à descida, deu para reinar no caudal aceitável do Paiva , dispensando talvez a corrida final para ir buscar o carro desta vez acompanhado pelo Jorge Reis. A aventura, essa acabou como têm de acabar todas as aventuras à moda antiga: em frente de um prato com uma vitelinha grelhada, e batatas fritas afogadas na molhanga. Os 4 Ogres arraçados de patos, paparam a vaquinha arouquesa e viveram felizes para sempre….isto até alguém ter ousado soletrar a palavra CASTANHEIRO…



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Carnaval no Rio...


É possível que tenham chegado aqui equivocados. Pesquisaram no Google, em busca de umas moçoilas a abanar os nadegueiros no sambódromo de Ipanema, mas vieram parar a este espaço, onde os rabos estão comprimidos entre um fato isotérmico e os acentos de barcos a remos. Não percebem o porquê desta imagem bucólica do carro com caiaques com a montanha de fundo, quando deveriam dar logo de caras com as mamocas da Josemar aos saltos. Para si, que pensava descobrir imagens picantes do carnaval no Rio de Janeiro, e descobriu que este Carnaval no Rio é em… Fevereiro, pode ter duas opções. Ou diz já umas asneirolas no mais vernáculo calão e passa para o outro lado do atlântico atrás de estímulos visuais mais estimulantes, ou fará o frete de ficar e ter de gramar com o rol de baboseiras que aí vêm.









Tudo começou, como começam todos dias do vencimento: com uma sensação de quem nos tira a mão que estava há longos dias a obstruir as vias respiratórias. Com a tesura generalizada e enraizada, tínhamos a certeza que se não fossemos logo no dia 23, as hipóteses de descer rio, rapidamente se esfumavam. Não fazíamos uma descida a sério, desde que o Pedro se espatifou no Cávado, ou seja, desde Maio. Desta vez a equipa dos “entas” tinha mais um reforço de peso: o João Oliveira, que nos iria dar apoio fora de água. O facto de eu dizer aqui publicamente que o João é um tipo do melhor que há, não solta um gás, não ressona nem um bocadinho, nunca se perde, está sempre à nossa espera, nada tem a ver com uma estratégia de bajulação descarada no sentido de evitar que tenhamos de continuar a correr para ir buscar o carro no final. Na realidade Já não temos idade para isso, nem o João tem idade para não se pirar de vez em quando, das tarefas tão absorventes de “Pai Amigo”. Os bifes de Alvarenga foram também uma preciosa ajuda, para no próximo rio termos novamente o João connosco.




Não sei o que é pior, se estar aqui a aturar estes gajos, ou levar os putos às actividades...

Não sabíamos caudais, mas arriscámos uma ida para os lados de Mondim, para ver se seria desta que conseguíamos navegar o Beça…não foi ainda desta. Para começar, queríamos desenferrujar num rio mais suave e optámos pelo Olo. Já o tínhamos feito há uns anos e cedo percebemos que o caudal era assim a modos que poucachinho…Deu para remar, apreciar a água cristalina, mas uma nuvem de pessimismo assolou o espectro do Beça.





A equipa está de volta!




RIO OLO...poucachinho...






Pagaia ergonómica, patente registada



Para isto acabar em beleza, só falta bater com a cabeça num tronco e apanhar com um tipo de 100kg em cima...


Geraram-se algumas discussões em torno do pensamento fulcral “Quem foi o camelo que achou que valia a pena fazer um porradão de quilómetros, para ver este monte de pedras chamado Beça?”. Como é óbvio, se o camelo tem o poder de escrever no blogue, rapidamente diz que a culpa é dos gajos que não mandaram chuva, do gajo da barragem que não abriu as comportas, do gajo que desenhou o mapa onde o rio aparece, da conjuntura internacional. Até porque, como o gasóleo está mais baratucho, há que aproveitar. Aqui o, (camelo), digo, o tipo extremamente inteligente, pôs à consideração da malta a hipótese de rumarmos até ao Minho para remarmos o Cávado. A malta concordou …
Dirigimo-nos até à fabulosa Pousada da juventude de Vilarinho das Furnas no Gerês. O quarto era óptimo, as condições do melhor, o preço agradável, a minha memória…curta(?). Tinha definido que nunca mais passaria pela traumática experiência sísmica do “doce” ressonar do Jorge nos meus delicados tímpanos, mas facilitei e acabei a noite a dormir no carro.





A casa onde (não) dormi....



ponto de encontro




No 2º dia, lá fomos a caminho do Cávado, guiados pelo mestre da orientação, que nos levou a optar por outros caminhos mais sinuosos…
Chegámos ao rio por volta das 12 e, para nossa surpresa, deparámo-nos com um movimento pouco usual. Naquele dia, sem nada termos combinado, iríamos ter muita companhia no rio. Estavam lá os nuestros hermanos de Braga e a rapaziada de Mondim. Lembrámo-nos por momentos das nossas primeiras remadas no Guadiana com grupos sempre numerosos, onde a animação estava sempre garantida. Com as características do rio, estreito, inclinado e por vezes obstruído, houve espaço para vários engarrafamentos, o que tornou a descida um pouco mais demorada do que o habitual.






É comprar, é comprar! os verdes a 5 eurios! os amarelos a 10




De bicla ou de caiaque?































Explicada a hominização



O rio estava com menos água do que aquando da nossa última descida, o que tornou a primeira parte bastante mais penosa. Deu para passar quase tudo e ir confraternizando com os nossos companheiros de descida. Percebi finalmente a profundidade da campanha disputada pela presidência do 18 e companhia, que assumia contornos extremos, com os dois principais candidatos a fazerem de tudo para suplantar o opositor. Assim, ao ver o Carlos lançar furiosamente a proa do seu caiaque contra um calhau, demonstrando que possui coragem para enfrentar qualquer desafio , o Luis não foi de modas e, recusou auxílio na hora do aperto, decidindo aguentar de forma estóica dentro de uma marmita só para salvar a…sua pagaia(?). A campanha continua renhida…
De enaltecer também a capacidade volumétrica do bidon do Pires, que, qual mala do Sport Billy, conseguiu armazenar tudo o que um canoísta esfomeado poderá desejar. De presunto, a chouriço, a pão e azeitonas, passando por vinho regional, uns queques para desenjoar e até pastilha sem açúcar para lavar as dentolas.





Bidon Sport Pires Billy




Depois de termos exorcisado os fantasmas da nossa anterior descida do Cávado(com a luxação do ombro do Pedro), acabámos refastelados numa mesa em frente a um repasto à moda do norte. Poupo pormenores, para não causar sentimentos de inveja, mas que aquelas alheiras e os nacos de carne estavam uma maravilha, lá isso estavam. Despedimo-nos da rapaziada e rumámos aos nossos luxuosos aposentos. Jogámos uma snookerada, o tempo de perceber que o mestre do snooker, tinha uma técnica muito refinada , apenas revelava com um pequeno déficit na hora de meter a bola dentro do buraco; mas a técnica, essa, simplesmente irrepreensível.
Tinha chegado a hora da sorna e, depois de conseguirmos ter despachado o Jorge para um quarto insonorizado, encarei a tarefa de dormir um pouco mais à vontade,...ou talvez não. É que o Pedro, por uma questão de solidareadade decidiu substituir o betoneira mor e vai daí, abre também ele a bocarra, para arrotar um sonoro ressonar. Um mal nunca vem só. Rebolei pasra um lado e para o outro e não conseguia pregar olho com tamanha turbulência auditiva. Seria a 2ª noite que estava entalado, mas lá abanei o Pedro que, contrariado, lá cambaleou até junto do seu nocturno irmão tenor. Eles ainda me chamaram de princesa da história com a ervilha. Comparar-se aquela alarvidade vocal com uma insignificante ervilha , seria blasfémia; quanto muito com uma melancia debaixo do travesseiro. Percebi que os mestres da orientação e do snooker afinal eram mestrados em atazanar de forma sísmica as noites calmas de indivíduos mais sensíveis.




Mestre do Snooker




Despedimo-nos do Minho e passámos pelo Paiva antes de voltar para casa. Perante o panorama dos rios transmontanos e minhotos , esperávamos também pouca água no paiva. Puro engano! O caudal estava um verdadeiro luxo; mesmo a puxar para o cheiinho. Entrámos no desfiladeiro e percebemos ao vivo da jarda que levava aquela coisa. Se o rio Cávado valeu pelo convívio e pelo desnível, o Paiva foi o rio deste périplo carnavalesco. Era a peça que faltava para estes dias ficarem perfeitos. a beleza do olo; a imponência do Cávado e as águas bravas do Paiva, tudo isto acompanhado com muito sol . Uma maravilha.

Fizemos poucas imagens, mas aqui ficam elas...








Daqui a um mesinho, talvez dois, consigamos voltar ao rio. Por agora estou de papo cheio...








Vá lá mestre, tu consegues!!!...