sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Meio Século do Justas

O video dos Amigos

Jorge Justas chegou à bonita idade de 50 anos. Meio século de vida repleta de aventuras, mais de 25 anos dos quais tivemos o prazer de o fazer juntos. A equipa começou a juntar-se na faculdade ISEF e FMH, com a paixão pelo triatlo, que rapidamente desembocou noutras maluqueiras ciclísticas e fluviais.  Escolhemos essa marca histórica dos 50  para comemorar com um passeio de BTT pela serra de Sintra. Logo de manhã Justas telefona, a dizer que chove por lá e que está muito ventinho...queria trocar por um passeio pela marginal...???...será que queria também uma cadeirinha cor-de-rosa com um cestinho na frente e uma buzina a fazer plim-plim?...proposta de gaja, ou de tipo que entra no ego da terceira idade. Homem que é homem vai apanhar com chuva na moleirinha, pedras na barba dura e lama no traseiro!!!  Foi preciso chamá-lo à razão com um "Mariquinhas" para o velho se picar e ter de gramar com o nevoeiro dos capuchos. Não pedalávamos todos há muito tempo. O Jorge Reis teve dificuldade em encontrar a bicicleta, no meio da lenha e da sua conhecida arrumação de garagem. O Pedro teve de levar a micro-bicicleta da Rita, excelente bode expiatório para quando as pernas claudicassem "Não é falta de força, estou é sempre a bater com o joelho no volante! " . Seria um regresso às origens, a uma serra na qual já não pedalava há mais de 20 anos. Duas horas e meia de pedalada no bosque e descendo também à praia do Abano e Guincho para usufruirmos da loonga subida final até ao carro. 
Almoçarada em Casa do Pedro com gambas e petisco oferecido pelo aniversariante e pelos anfitriões. Despedidas feitas e o Jorge teria mais à noite uma surpresa maior com um jantar surpresa onde estiveram presentes mais de 40 convivas, atestando que o Justas, é personagem apreciado por significativa cambada. Os 3 amigos da canoagem (Pedro, Jorge e Miguel) deixam-lhe este pequeno compacto de imagens como forma de o felicitar por nos termos (mutuamente) conseguido  aturar durante mais de 25 anos. 
Abração ao Justas

E estas do inicio e fim do passeio de BTT

Mas está a encher o pneu ou a barriga???

Encontrei isto na garagem...acham que anda???

A minha é a amarelinha...

Teste ao fortalecimento postural do pequenote e do matulão...


Antes de 2h a pedalar...só sorrisos...


Depois...já não temos idade para isto!...



10 pastelinhos?...chegam...

Mas um de cada vez
E eu?..e eu?...só mordo calhaus???...
                                     

Jorge sem churrasco???...nunca!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

As 45 primaveras...com a chuva do Inverno...

45 anos no rio
Diz-se que existe uma idade a partir da qual os anos já não se devem comemorar. Pois eu ainda não cheguei a essa idade!...o facto dos meus amigos me desafiarem para passarmos o meu dia de anos, a levar com água na cachimónia  e a sentir os artelhos a tilintar de frio, é sinal de que vale a pena comemorar efusivamente o nosso quadragésimo quinto aniversário. Apesar da felicidade do momento (de meter as carnes quentinhas e encarquilhadas no frio fluvial siberiano ) os estado de espírito ainda estava ensombrado pelo  luto que continuamos a fazer depois do inesperado (...inesperado,...?,...) desaparecimento desse fabuloso e mítico automóvel que nos acompanhou durante algumas descidas, que decidiu falecer à revelia do dono . Pois é, a minha bomba não aguentou tanto tratamento de choque  e decidiu claudicar. Apesar do ...pesar...valha-me a vantagem de já não ter de ouvir referencias depreciativas ao estado de arrumação do mesmo (que estava sempre um brinco, mesmo com os pacotes de sumo espalmados debaixo do banco dos miúdos, as peúgas suadas rolando na bagageira, a casca de banana em processo de compostagem  dentro das bolsas dos bancos).
Bom, mas passemos à acção. O Jorge e o Pedro apareceram no dia anterior para irmos descer a ribeira da Sertã seguido de uma belo repasto. Seria também o baptismo de rio do Rodrigo que se juntaria a nós em Vila do Rei. Chegámos à ribeira e verificámos que o generoso caudal  poderia tornar a primeira experiência do Rodrigo como algo  desagradável, uma vez que o leito estava com uma corrente contínua o que, apesar do desnível do rio não ser demasiado exigente, tornaria as paragens difíceis para que não rema habitualmente. O Jorge como mais velho e sábio do grupo alertou-nos para esse facto, eu concordei e o Pedro, pai do Rodrigo também, facto totalmente perceptível pela preocupação com o bem estar o seu rebento, exteriorizando  com um: "Rodrigo, tu é que decides, mas eu penso que já que estás aqui, veste a porra do fato e trata de remar!!!...." Está claro que o Rodrigo ouviu os mais sábios e decidiu acompanhar por terra a descida. E ainda bem. Teria virado umas quantas vezes e  sentido o fresquinho na moleirinha juntamente com uma enorme vontade de voltar a remar...


Descemos os 3 a ribeira de forma rápida, com uma paragem no meio para a mijoca e a terapia de grupo. Depois do almoço em V. do Rei , antes de voltarmos  para minha casa  fomos ver caiaques em 2º mão para o Jorge escolher. Fiel à sua reconhecida capacidade de decisão, deu 5 passagens pelos 20 caiaques que estavam para venda, com correspondente alombanço, para conseguir levar...1. Depois desta meticulosa escolha fomos   recebidos pelos meus filhotes sentados nos pilares do muro equipados a rigor(capacetes e remos nas mãos) e algo solidificados pelo frio e fatigados pelas 372 vezes(nº de carros que passaram) que subiram aos pilares naquela hora entre o meu telefonema e a minha chegada.

Recebidos por dois remadores estátuas
Jantámos uma merecida feijoada em minha casa e brindámos ao desejo de, nos próximos anos, conseguirmos colocar as proeminentes carnes dentro do estreito cockpit dos caiaques e usufruirmos de mais dias destes entre os amigos e família. Fica no ar a interrogação da qualidade do ar respirado pelo Pedro e pelo Jorge no seu regresso a casa...a feijoada era boa, sim senhor...
Um brinde à amizade e a mais feijoadas destas