Cheguei a V. Cambra, deixei a mulher e os filhos e dei uma saltada ao paiva. O tempo chuvoso teimava em retirar-me a vontade de dar um mergulho, mas como sou teimoso lá fui. Não me apetecia mandar grandes cambalhotas; apetecia-me sobretudo descer qualquer coisa para tirar a ferrugem da disponibilidade para remar. A etapa Vau-Espiunca em solitário seria o ideal para voltar à carga. Cheguei à beira rio pelas 15,30h. Apressei-me em desmontar o caiaque, vesti o fato, colete, saiote...saiote??...onde está o saiote?...porra!!!...grande besta!...tinha-me esquecido do saiote em Torres Novas. Apetecia-me partir para a auto-flegelação, quando olhei para o tempo escuro e chuvoso, e pensei: talvez não seja tão mau assim. Voltei a montar o caiaque em cima do tejadilho e a moínha da teimosia voltava para me atazanar o espírito quase convencido. Rumei ao areínho na esperança de haver um canoísta que me facultasse o objecto anti-submersão. Vi muitos carros parados, sinal de que haveria malta a descer. Voltei a espiunca e lá estavam eles a chegar. Pedi um saiote ao primeiro canoista que vi , que rapidamente o dispensou (um agradecimento ao Rui Calado pela disponibilidade). "Vou ali remar um pouco e já tu devolvo!" disse apressadamente, que já estava tarde. Ainda dei uma palavrinha ao amigo Luis Vieira, que vinha nesse enorme grupo, e corri até ao rio. Desci aos 3 saltinhos e entrei no rio às 16,30h. Subi mais um pouco, escorreguei e mandei um bate cu e uma cotovelada num calhau. Veio-me à memória o espalho do Pedro. Pensei que uma luxação ali sozinho significava uma lixação ali sozinho, ou seja, um valente molho de bróculos. Não podia pensar nisso, remei um pouco, dei poucas cambalhotas e desci. Pretendia testar uma lesão no ombro que me persegue. O ombro continua lixado, ...mas que se lixe. Vamos ver quantas descidas consigo fazer este ano, assim... preso por arames.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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