Não metíamos as nossas delicadas nádegas dentro do caiaque há 3 longos meses e, eis que caiem uns quantos pingos torrenciais de chuva para nos acalentar a esperança de tirar o mofo dos fatos. Começámos a época como a tínhamos terminado: no desfiladeiro do Paiva. Paradoxalmente (achei que ficava bem este termo para começar a época de com algum nível de escrita), o rio tinha menos água em finais de Novembro que em Junho(?). E nestas coisas de rio existe sempre a tal relação inversa Menos água – Mais calhau, facto que cria sempre uma perspectiva agradável para a doce moleirinha coberta pelo frágil capacete da loja dos 300. Desta vez fomos os três. O Jorge, o tal homem que no ano de 1990 depois de Cristo, ficou celebrizado pela marcante frase “Eu Faço!” olhando para o rápido das Marmitas, numa altura em que não sabíamos que existiam cordas de resgate. Mas não só disse como de facto fez... Desta vez o Jorge não se limitou a voltar ao local do crime, como veio munido de uma nova e revolucionária embarcação: um barco que tem tanto de caiaque como de submarino. Na verdade o barco é o mesmo, mas o seu volume não conseguiu adaptar-se ao relevante crescimento morfológico do seu utilizador; em linguagem mais brejeira “o gajo engordou comó camandro desde a última utilização e o caiaque não tem culpa”. Em compensação o Pedro, que tem a mania das grandezas, exibiu altivamente o seu novo tanque aquático, lançando um olhar de soslaio para o submarino do Jorge como que a dizer: Ó pequenote!...Olha p’ra mim aqui em cima! Dada a enorme dimensão do petroleiro decidiu que poderia levar todo o enxoval no seu interior , facto que mais tarde trouxe algum arrependimento e muita dor de costas, durante a portagem do salto.
As imagens que se seguem foram as poucas que não ficaram em filme.
Mas lá fomos todos contentinhos, cheios de vontade de roçar com a bunda nos calhaus. O Pedro lá em cima e o Jorge tentando convencer o seu barco a deslocar-se debaixo de água. Atestámos no primeiro rápido que a coisa ia bater muito no fundo e lixar o fundo novo do caiaque novo. Aqui em baixo aparecem as imagens que não sei como estão porque o fóssil do meu computador, deu o berro e aquele em que me encontro, é um fóssil um pouco mais recente que não me deixa ver as imagens... Quando eu tiver acesso a uma máquina melhor, farei as devidas correcções... Ver Video AQUI
Aquilo foi-se fazendo, sempre com a reportagem videográfica do mais alto gabarito, agora com a nova caixa estanque, o filme iria ficar melhor…ou talvez não. Sim, porque a caixa estanque fazia toda a diferença. Desta vez, como ia o Jorge, tive a oportunidade de lhe passar a batata quente de filmar o sempre exigente Pedro Scorsese. E a coisa parece que não correu bem. O Jorge apenas ligou a máquina um tempito… depois do gajo entrar no rápido. Eu estava descansado porque agora seria o Jorge a papar com os impropérios do grandalhão sobre as lamentáveis qualidades na captação da imagem.
Depois do rápido grande lá fomos às Marmitas e aí coube-me a mim perceber a sensação de submersão que o Jorge sentia com o seu barco. Depois de passar a parte inicial do rápido, senti que fiquei assim a modos que…entalado entre três calhaus (qual Egas Moniz no portão do Castelo de S. Jorge), com a água a fazer-me cócegas nos pêlos das costas. Não me bastava esta humilhante entaladela (que a imagem documentará; eu ainda quis apagar mas não consegui…) ainda sentia o gargalhar dos meus simpáticos companheiros de descida. Lá Desentalei, e continuámos.
Entretanto começámos a perceber que a temperatura da água, não convidava a grandes banhos, e foi isso que tratámos de não fazer. Começámos a remar um pouco mais rápido, para ver se as adiposidades aqueciam, mas também para fugir dos comentários técnicos do Pedro sobre o seu novo barco”Epá o caiaque parece que foge; epá o caiaque passa muito bem o rápido!….?...então em que é que ficamos pá?.... Foge? …ou passa bem o rápido?...Decide-te pá!. Entre estes dois comentários aparentemente antagónicos, largava um nostálgico “o meu caiaque velhinho passava muito bem isto…”. Ele há gajos, indecisos…Apesar das indecisões e do barco novo que é melhor, …ou parece que não é,…ou vá lá,….tem mais volume,…mas foge mais, o tipo desceu tudo aquilo com uma perna às costas.
Após o rápido das escadinhas apareceu a outra malta que descia o rio nesse dia e acabámos juntos o pouco que faltava. O Joaquim de Alvarenga logo se prontificou a dar boleia para ir buscar o carro ao Areiinho. Com a pressa de ir buscar o Jorge ,que não tinha roupinha seca como o Pedro (lembram-se do enxoval?) , despedi-me do Joaquim e arranquei a abrir para ver se resgatava o Jorge ainda com vida e esqueci-me do meu equipamento no carro do Joaquim. Foi o pretexto para voltarmos a meter o dente nos famosos e saborosos bifes de Alvarenga. O Jorge e o Pedro, esquisitos e com déficit de sensibilidade não apreciaram lá grande coisa tão subtil iguaria. Eu trinquei a iguaria até ao último resquício e, de barriga cheia, nem tive tempo para me chatear muito com a conta puxadota que tivemos de pagar.
Depois do rápido grande lá fomos às Marmitas e aí coube-me a mim perceber a sensação de submersão que o Jorge sentia com o seu barco. Depois de passar a parte inicial do rápido, senti que fiquei assim a modos que…entalado entre três calhaus (qual Egas Moniz no portão do Castelo de S. Jorge), com a água a fazer-me cócegas nos pêlos das costas. Não me bastava esta humilhante entaladela (que a imagem documentará; eu ainda quis apagar mas não consegui…) ainda sentia o gargalhar dos meus simpáticos companheiros de descida. Lá Desentalei, e continuámos.
Entretanto começámos a perceber que a temperatura da água, não convidava a grandes banhos, e foi isso que tratámos de não fazer. Começámos a remar um pouco mais rápido, para ver se as adiposidades aqueciam, mas também para fugir dos comentários técnicos do Pedro sobre o seu novo barco”Epá o caiaque parece que foge; epá o caiaque passa muito bem o rápido!….?...então em que é que ficamos pá?.... Foge? …ou passa bem o rápido?...Decide-te pá!. Entre estes dois comentários aparentemente antagónicos, largava um nostálgico “o meu caiaque velhinho passava muito bem isto…”. Ele há gajos, indecisos…Apesar das indecisões e do barco novo que é melhor, …ou parece que não é,…ou vá lá,….tem mais volume,…mas foge mais, o tipo desceu tudo aquilo com uma perna às costas.
Após o rápido das escadinhas apareceu a outra malta que descia o rio nesse dia e acabámos juntos o pouco que faltava. O Joaquim de Alvarenga logo se prontificou a dar boleia para ir buscar o carro ao Areiinho. Com a pressa de ir buscar o Jorge ,que não tinha roupinha seca como o Pedro (lembram-se do enxoval?) , despedi-me do Joaquim e arranquei a abrir para ver se resgatava o Jorge ainda com vida e esqueci-me do meu equipamento no carro do Joaquim. Foi o pretexto para voltarmos a meter o dente nos famosos e saborosos bifes de Alvarenga. O Jorge e o Pedro, esquisitos e com déficit de sensibilidade não apreciaram lá grande coisa tão subtil iguaria. Eu trinquei a iguaria até ao último resquício e, de barriga cheia, nem tive tempo para me chatear muito com a conta puxadota que tivemos de pagar.
A Vaca Arouquesa...no prato...
...E ainda há vegetarianos....
Voltámos para casa, acompanhados pelo melódico ressonar de Jorge Betoneira, que conseguia sobrepor-se a qualquer outro ruído externo. Quando por vezes despertava, sem qualquer noção da magnitude dos seus sons, fazia comentários depreciativos à nossa música sempre actual, que entretanto já conseguíamos ouvir (porque ele tinha parado fazer cimento)... Entre ressonar e dizer mal do magnífico Rod Stewart, pior, só mesmo uma crise de flatulência, que felizmente o Jorge não teve...o cheiro vinha lá de fora...
O doce ressonar da betoneira...
Agora é esperar para que caia chuvinha para irmos aos rios do Minho….
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