quarta-feira, 11 de abril de 2007

No frio do Zêzere



ZÊZERE


A descoberta do rio Zêzere deu-se em Dezembro de 1989, , ali p'rós lados da Guarda, que descemos pela primeira vez com um frio do "camandro"(com neve a ver-se ali bem perto. Um rio de açudes na sua parte inicial, para encontrarmos alguns rapidinhos perto das minas da panasqueira antes de Silvares.






Foi também nessa descida que verificámos que as chaves dos carros da chegada estavam ...na partida. Assim como estávamos: fato de neoprene no corpo, capacete na cabeça, remo na mão e vá de pedir boleia. Resultado: todos os que passavam por nós aceleravam a marcha como que dizendo:Deixa-me mas é por na alheta que estes gajos ainda me levam para o planeta Urano! Na memória fica também, aquela descida feita no verão, em que dispensámos os fatos isotérmicos e a noite se começou a pôr e o nosso carro a não aparecer no horizonte. A geada começou a cair na nossa delicada e descoberta epiderme e, quando decidimos abandonar o rio, já se formavam cubos de gelo em torno de todas as proeminências do nosso corpo, começando pelos dedos... está claro. Quando me lembro dessa experiência ártica o "quêxo" ainda me treme.

5 comentários:

Vaz disse...

Parabéns pela forma como partilhas as excelentes aventuras que têm feito ao longos destes tempos. De facto, saborear o de que melhor tem a natureza, respeitá-la divertindo, é uma mensagem a reter. Esta é uma forma de nos encontrarmos. Aqui calcula-se o risco, solta-se a adrenalina, assume-se o controlo das situações e tudo isto é um excelente exercício ao nosso Eu. A todos os intervenientes nestas alegrias, dou os parabéns.

Jorge Reis disse...

Mangas, o relato das nossas - outras só vossas - descidas estão fabulosas. No entanto, a descida do Zêzere, ficou marcada também por uma descida nocturna, a da Ribeira onde montámos acampamento - o da imagem - e que à hora do jantar tinha 4 adeptos, pelo menos ...
Mas depois apenas dois HOMENS DE BARBA RIJA, vestiram os fatos molhados para empreender uma demorada subida, cerca de 1h30, para fazer 20 minutos de alucinante descida. Ainda hoje há quem não esteja convencido que essa descida aconteceu.

Miguel Sentieiro disse...

Grande Amigo Zé

Apesar de não teres descido rios connosco, sei que partilhas este gostinho pelas coisas da natureza e que o passas de forma exemplar para os teus petizes...

Miguel Sentieiro disse...

Jorge coirão , essa da descida nocturna nunca foi devidamente explicada nem tão pouco provada...

Anônimo disse...

Pedro atesta que a descida nocturna se fez efectivamente. Que hajam umas meninas que se cortaram é outra história. Negar só para sacudir a água do capote não me parece bem!